“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. ” (Gênesis 1:1-2, BEARA).
Precisamos entender o que é importante quando nos colocamos diante de Deus, quando há em nós um desejo intenso de conhecer, compreender e entender a vontade de Deus para as nossas vidas. Não adianta discutirmos religião e ciência, não adianta discutirmos se deve ser assim ou assado, se temos justificativa para isso ou aquilo. O que verdadeiramente importa são as nossas motivações, o que está no fundo de nosso coração e como nos aproximamos de Deus, quando ele se revela a nós.
Foi a terra obra de criação de um deus, de Deus, ou uma obra do acaso? Podemos provar uma ou outra alternativa? Não, não podemos provar que Deus criou o mundo, nem podemos provar como a ciência deseja, que a terra é resultante de um processo de um “big bang”. Podemos discutir, discutir, discutir; mas serão somente palavras, somente fundamentos diferentes e que não se pode convencer um ou outro.
Precisamos entender que quando partimos para a discussão, para as argumentações o que estamos fazendo é simplesmente agindo como homem, usando o pensamento do homem, e que nada disso, por mais profundo seja, tanto para defender a ciência, ou como para defender um ponto de vista religioso não está no propósito de Deus para nós.
Até mesmo entre os estudiosos da bíblia há divergência e pontos de vista diferentes, demonstrando e reforçando o aspecto acima, “pensamento do homem”. Primeiro, quando comenta a palavra “princípio” não se estabeleceu data, somente, diz que Deus criou, nada mais. Achar que isto ocorreu a 6 mil anos, ou 7 mil anos, ou a milhões de ano, irá fazer diferença? Alguns entendem que a tradução não deveria usar o verbo “ser”, ou seja “estava se forma e vazia”, mas, sim, “tornou sem forma e vazia”, com uma referência que a terra tenha sido criado muito antes; mas que com a queda de Satánas, a mesma tenha sido destruída, e que no verso dois, Deus simplesmente inicia o processo de restabelecimento da mesma, com o objetivo de colococar o homem para mostrar sua graça, seu amor e o seu desejo na criação. Pode ser isso? Faz diferença? Podemos provar?
O que precisamos entender é que nunca teremos respostas satisfatória para atender a nossa curiosidade e desejo de respostas para o ponto de vista humano.
Logo depois vem a explicação do processo de criação em seis dias e o descanso de Deus de sua obra no sétimo. Faz diferença se cada dia representou um dia de 24 horas, ou se milhões de ano? Não, não faz a menor diferença; pois nunca poderemos provar.
O que faz diferença então? O que é importante?
A forma como nos aproximamos de Deus quando ele se revela a nós, quando em nós desperta um desejo intenso e profundo de querer compreender a razão de nosso viver, de querer preencher o vazio, de encontrar uma razão para o nosso viver.
Não fomos criados, a terra não foi criada, para simplesmente vivermos nela; mas para que houvesse um relacionamento profundo entre Deus e o homem, para que houvesse a comunhão entre o Criador e nós, que fomos feitos para sermos semelhantes a ele. Desde o princípio Deus criou-nos com o intuíto que a sua vida se revelasse, estivesse em nós e fluisse através de nós. Deus não deseja escravos, não deseja autômatos, não deseja pessoas que não compreendam a sua vontade. Ele sempre desejou e está em seu plano eterno se revelar de forma plena a nós. Isto sim é que precisamos entender e compreender.
Por isso, quando nos aproximamos de Deus, precisamos aproximar com um coração sincero, com a motivação clara, de simplesmente querer conhecer, compreender e ter o vazio preenchido com a verdadeira vida.
Precisamos entender que não conseguimos explicar Deus pela ciência, nem pelo conhecimento e nem por qualquer outro método humano, inclusive a religião que é invenão do homem, querendo se chegar a Deus. Precisamos aproximar de Deus com fé, crendo que ele é recompensador daqueles que assim se aproximam dele e compreendem que ele efetivamente é.
Nós o encontraremos quando o buscarmos de todo o coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso ser. Quando assim o fizermos ele se deixará achar, não pela ciência, não pelo conhecimento humano, simplesmente por fé, reconhecendo todo o seu poder.
A medida que conhecemos Deus compreendemos, por fé, quem ele é e todo o seu poder. Entenderemos que a questão não é o tempo, e sim, que ele simplesmente fez todas as coisas da sua maneira do seu jeito. Se ele levou um dia de vinte e quatro horas, se levou milhões de anos, ou simplesmente segundos, ou milésimo de segundo, não faz a menor diferença; pois o Deus verdadeiro pode todas as coisas, inclusive, criar ou destruir tudo o que fez, antes mesmos que possamos terminar de pensar nesta possibilidade.
O que importa então? A forma como nos aproximamos de Deus, quando compreendemos que precisamos de algo mais que simplesmente uma vida sem significado, sem objetivo e sem razão. Com um coração sincero de desejar conhecer, compreender o propósito da vida e a sua vontade. Um coração sincero que quer ser preenchido com a verdadeira vida, e que possa traduzir em mais que simplesmente uma vida neste mundo.
Precisamos entender que o propósito de Deus, desde o princípio, é compartilhar a sua vida, sua vida eterna, conosco, e nos fazer um com ele, como está expresso na oração de Jesus, em João 17. Coloquemos hoje, o propósito em nosso coração, de querer, de desejar conhecer a Deus, não como achamos ou pensamos, não como temos feito, ou como achamos que ele deseja; mas esvaziando de nós mesmos, de todos os sofismas, de toda a religiosidade, de todo pensamento da ciência, de todo o nosso ponto de vista, de toda a justificativa que temos para todas as coisas. E ao esvaziarmos de nós mesmos, desejemos ardentemente o conhecimento e o entendimento que provêm de Deus, buscando o de todo o coração, que ele se deixará achar, e nos levará a cumprir o seu propósito neste mundo. E fará isso, não como pensamos ou achamos, mas como ele sabe o que é melhor para nós e para o seu reino.
Importa sim, a forma como aproximamos, como queremos conhecê-lo, como queremos fazer parte da sua vida, receber da sua vida. Submetamos com um coração sincero ao Criador, àquele que pode nos dar a vida, a verdadeira vida.
Você precisa fazer login para comentar.