Por meio de Ezequiel podemos ouvir as palavras de Deus: “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano, não fazem diferença, nem discernem o imundo do limpo e dos meus sábados escondem os olhos; e, assim, sou profanado no meio deles.” (Ezequiel 22:26), e na carta que Pedro escreve aos irmãos ele afirma: ” Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9).
Precisamos, primeiramente, entender quem somos. Se não houver em nossa mente esta compreensão, não andaremos e nem desempenharemos o nosso papel neste mundo como prescrito por nosso Senhor, segundo o exemplo nos dados.
Quando entregamos nossa vida nas mãos de Deus, confessamos que Jesus é Senhor de nossa vida, temos os nossos pecados perdoados, devido ao nosso arrependimento, somos purificados pelo sangue de Cristo, e reconciliados com Deus. Recebemos do Seu Espírito e somos feitos habitação de Deus.
Na conversão somos inseridos no corpo de Cristo, somos membros do corpo, participamos do corpo e da vida de Deus, recebemos da Sua natureza. Tendo recebido da vida de Deus, devemos, como cidadãos andar segundo esta natureza, pois fomos capacitados para esta nova realidade. Devemos como Jesus falou que para sermos Seus discípulos, pecisamos negar a nós mesmos, tomarmos a cruz e seguí-lo (sermos Seus imitadores) e como Paulo reforçou, devemos fazer morrer a natureza humana. Ao nos comprometermos com isso, implica que estamos no caminho da santificação, na carreira proposta, no sermos semelhantes ao Senhor.
Quando nos comprometemos com a santificação, porque compreendemos que somos morada e templo de Deus, então no coletivo, na vida da igreja, iremos expressar esta realidade. Pois a manifestação da igreja, do reino, da vida e das virtudes de Deus que devemos proclamar, são manifestas por meio do igreja o corpo de Cristo. Isto que precisamos ter em mente quanto as palavras de Pedro que fomos chamados para proclamar as virtudes daquele que nos libertou do poder das trevas.
Mas, se não compreendemos a santificação, que devemos ser santos em nosso procedimento, então, não entendemos quem somos e o que devemos fazer neste mundo, e profanamos o nome de Deus e a Sua santidade ao afirmarmos que conhecemos e não andamos como devemos andar. Temos que entender que santificação é uma jornada de crescimento, amadurecimento e conhecimento da vontade de Deus.
Profanamos o nome de Deus quando conscientes de como devemos viver, andamos neste mundo da mesma maneira que todos, cheios de mentiras, hipocrisia, falsidade, roubando, enganando, sendo egoístas, orgulhosos, arrogantes. Não podemos viver de maneira contrária à natureza de Deus que revela misericórdia, compaixão, graça, bondade, amor para com as pessoas. Enquanto continuarmos a viver uma vida voltada somente para nós ou para o nosso grupo, estamos de fato, profanando o nome de Deus e misturando coisas sagradas com coisas e valores deste mundo.
Precisamos assimilar quem somos, o que recebemos de Deus e o nosso papel, caso contrário, o Senhor não será conhecido como deve ser.