A entrada é franca, mas existe roupa adequada

Jesus, no evangelho de Mateus, no capítulo vinte e dois, contou a parábola das bodas do filho. Haviam sido convidadas várias pessoas importantes, mas todas se desculparam por não poderem ir; então o rei determinou que fossem chamadas todos os tipos de pessoas.

Estas pessoas para participarem da festa teriam que usar uma roupa adequada para o evento e que seria fornecida pelo próprio rei; mas, na parábola, temos um cidadão que deseja participar da festa sem usar estas roupas, conforme Jesus comentou: “Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.” (Mateus 22:11-12, BEARA).

Sabe o que aconteceu com o cidadão acima? Foi lançado fora da festa.

O que Jesus queria ensinar com esta parábola? Qual o entendimento que devemos ter?

É a mesma história relacionada a nossa salvação. Nós recebemos a salvação como um  presente de Deus. É algo que Ele nos concede de forma gratuita por meio de Jesus Cristo, é a graça de Deus sendo revelado ao homem. Mas Deus nos aceita de qualquer maneira? Sim, no que tange a receber a salvação. Não depende de nós fazermos algo; mas simplesmente, aceitar o convite para participar da sua vida, que Ele concede por meio de Seu filho: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16, BEARA). Mas a manifestação da salvação depende da santificação, ou seja, de nos revestir da vida de Deus, fazer morrer a natureza humana e revelar a vida e a natureza de Deus em nossos atos, de revelarmos os frutos do Espírito, como está escrito: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus. ” (1 Pedro 1:14-21, BEARA).

Ou como escreve o autor da carta aos Hebreus: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados; nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado. ” (Hebreus 12:14-17, BEARA)

Precisamos entender que santificação não é uma opção; mas é algo natural de quem recebeu a salvação de nosso Deus, para quem experimenta da Sua vida. As nossas obras (atitudes, palavras, ações) devem revelar a natureza de Deus e os frutos do Espírito; sem isto; não estamos no propósito de Deus e temos sido crianças espirituais que necessitam deixar das coisas de criança, fazendo morrer a natureza humana.