Servir de modelo para os que creem

Que as palavras de Paulo possam ecoar fundo em nossas vidas e termos a mesma atitude que ele ao afirmar: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.” (1 Timóteo 1:15-16, BEARA).

Enquanto não nos vermos como responsáveis, como  modelos, como aqueles que devem manifestar as virtudes do reino, a sabedoria, a graça e o amor de Deus aos homens; de forma alguma iremos amadurecer, crescer e sermos o instrumento que Deus deseja que sejamos neste mundo. Precisamos ser embaixadores do reino, reconciliadores dos homens com Deus, instrumentos de justiça e de manifestação da graça Divina.

Mais que entendermos; mais que termos o conhecimento; precisamos revelar em nossas atitudes e palavras o que é um fato consumado, estabelecido desde os tempos eternos para que nós, como igreja, como membros do corpo de Cristo, manifestemos ao mundo a graça de Deus e sirvamos de modelo para todo os que vierem a crer. Para isso fomos predestinados: revelar o reino de Deus.

Nossa vida tem que manifestar transformação operada por Deus. Não importa se os nossos pecados foram maiores, iguais ou menores (no conceito do mundo) que os de Paulo; mas precisamos ter claro em nossas mentes que vivíamos no pecado, distantes de Deus, andando de forma contrária a Sua vontade, e que Ele na sua infinita bondade se revelou, deixou ser conhecido e nós nos submetemos. Por termos nos submetidos recebemos da sua vida. Por termos recebido da sua vida, da sua natureza, não existe mais razão para continuarmos a viver e andar como andávamos. Precisamos manifestar por meio de nossos membros as virtudes do reino, a justiça do reino e as obras que estão relacionadas ao reino de Deus.

Quando nos empenhamos na morte da natureza humana; para que a natureza de Deus se revele, ou seja, quando oferecemos os nossos corpos como sacrifício vivo para o realizar da obra e da justiça de Deus; então por nosso intermédio Deus se revela ao mundo.

Entendemos o que seja praticar as obras de justiça do reino de Deus? Simples, é fazermos as escolhas de Deus. Ótimo! Mas como (podemos perguntar)? Jesus instruiu-nos no sermão da montanha em como viver de forma a agradar a Deus, as atitudes que devemos ter. Paulo em suas cartas fala destes mesmos princípios de como viver, como se portar. O que devemos fazer? Conhecer e nos empenhar, na dependência do Espírito, a andar segundo esta nova natureza.

Desprezávamos, fazíamos acepção de pessoas, éramos orgulhosos, hipócritas, mentirosos, sem amor, cheios de todo egoísmo, pensávamos somente em nós e em como satisfazer os nosso desejos, olhávamos os outros como objeto para atender as nossas necessidades? Simples, não devemos fazer mais isso; mesmo que a natureza humana queira, não podemos viver mais por este princípio. Devemos agora, praticar as obras de justiça: revelar amor; compaixão, não buscar os nosso interesses; não sermos egoístas, mas compadecermos;  suprir a necessidade dos outros; sermos longânimos; sermos pacientes; respeitarmos as pessoas; honrarmos. Devemos não viver na prática da mentira; não podemos usar as pessoas como objeto para atender os nossos sonhos e desejos; mas sim, trabalhá-las para a sua edificação e crescimento; sendo modelo para os outros. Quando somos modelo, demonstramos a longanimidade do Criador.