Se tivéssmos o mínimo entendimento do que Paulo escreveu, das suas instruções para as igrejas, como a que ele escreveu para os filipenses, talvez, revelaríamos um pouco da graça de Deus aos homens, como está escrito: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus. Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.” (Filipenses 1:27-30, BEARA).

Nós, os evangélicos, temos a arrogância de achar que somente nós somos os instrumentos, os escolhidos de Deus para revelar a Sua vontade e o desejo aos homens (Não parece que estamos com a mesma atitude dos Judeus na época de Jesus?). Esquecemos do fundamento, dos ensinamentos de Jesus, de suas instruções, de suas palavras e do seu exemplo; e temos a arrogante pretensão de acharmos que somos os únicos pelos quais Deus fala e opera. Até mesmo entre nós, existem aqueles que se acham melhores do que outros, e ficam na sua arrogante pretensão e religiosidade como se fossem os escolhidos de Deus. Até quando permaneceremos nesta atitude e não compreenderemos o que e como devemos ser e agir?

Será que ser cristão é vivermos defendendo os nossos interesses e os interesses daqueles “amigos próximos” que compartilham da mesmas idéias e pensamento que nós, desde que não nos contrariem? Será que é usarmos de recursos públicos e beneficiarmos somente “os nossos amigos” em detrimento de outras pessoas? Será que os recursos que administramos, o que recebemos de dízimos e ofertas temos usado em favor das pessoas ou para atender os nossos desejos, nosso interesse pessoal e conforto, e temos a arrogante pretensão de dizer que é para o reino de Deus; mas não somos capazes de ajudar e repartir com quem precisa?

Manifestar um pouco da graça de Deus é olharmos para Ele, com toda a obra realizada em nossas vidas, por tudo que fez em nós e por nós; é olharmos a atitude de Jesus e fazermos o mesmo. Viver de modo digno do evangelho é fazermos as escolhas de Deus, é manifestarmos a atitude de Jesus em todos os nosso relacionamentos. Quando no nosso dia a dia revelamos as mesmas atitudes, então; estamos de fato revelando um pouquinho do que seja a graça maravilhosa de Deus.

Deus nos concedeu a honra de sermos embaixadores dos seu reino. Isto foi concedido para todo aquele que nasceu de novo, que recebeu do Espírito, que se arrependeu dos seus pecados e de uma viver longe Dele e fora do Seu propósito. Ele nos reconcilou por meio de Jesus Cristo, e nos concedeu vida abundante para revelarmos esta vida, o seu caráter entre os homens.