Paulo, escrevendo sua carta aos irmãos de Efésios, afirma o seguinte: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.” (Efésios 5:15-17, BEARA).
Precisamos ser prudentes, cuidadosos no nosso andar. Em sua carta, um pouco antes deste texto, ele afirma como devemos andar, como devemos proceder, o que não deveríamos fazer com filhos da luz. Onde chegarmos, onde estivermos temos que ser luz. Ser luz é revelar, manifestar as obras de Deus. Ou seja, nos nosso relacionamentos, nas nossas atividades não podemos e nem devemos praticar as mesmas atitudes que são contrárias a natureza de Deus. Devemos revelar as obras (ações, fazer o que Jesus fez), de forma que haja a luz de Deus entre os homens. Se andarmos conforme o mesmo pensamento do mundo; então não fazemos diferença, não levamos a luz, a vida de Deus aos homens, para que possa a mesma revelar as obras de cada um. Sermos iguais ao mundo e praticarmos as mesmas obras, implica que não estamos sendo luz; mas trevas. Não é uma questão de falar, mas principalmente, de fazer.
Quando vivemos segundo os mesmos valores deste mundo, estamos na realidade agindo como tolos, como néscios e não cumprindo e nem realizando a vontade de Deus.
Como devemos remir o tempo? Remir o tempo não é diminuir, mas sim, otimizar o nosso tempo. Como fazemos isso? Avaliando e questionando o que fazemos. Precisamos avaliar as nossa ações, nossas atitudes, como dispendemos do nosso tempo, o que estamos fazendo. Precisamos avaliar se o que fazemos trás frutos para o reino de Deus. Está edificando? Está nos levando ao que deve ser o nosso propósito de vida, que é: sermos semelhantes a Jesus? Estamos sendo ociosos? Gastamos o tempo com coisa fúteis que não somam e nem melhoram a nossa qualidade de vida? Cuidamos do nosso corpo? Cuidamos das pessoas e da edificação das mesmas? Ou temos perdido tempo com coisas fúteis? Por favor, vamos entender coisas “fúteis” a luz do reino de Deus. Isto é: são coisa eternas? Ou temporárias? Entendemos?
Perguntas que devemos responder a nós mesmos: temos sido instrumentos para edificar a igreja? Temos aprendido a viver segundo o coração do Senhor? Diante do trono de graça de nosso Deus, somos capazes de justificar o que temos feito e as nossa obras como sendo ações que contribuiram para o crescimento, expansão e amadurecimento das pessoas?
Se a nossa resposta é não, então precisamos buscar de Deus, buscar o entendimento, o seu conselho. Como fazemos isso? Pela oração, pelo conversar com o Pai, por buscar compreender a sua vontade. Temos lido da sua palavra, onde ele ensina sobre a forma de viver de maneira a agradá-lo. Quando o buscamos; o encontramos, esta é a sua promessa. Quando o buscamos para cumprir a sua vontade, ele fala de seu querer. Quando nos colocamos diante da sua face, reconhecendo a nossa dependência, ele não só capacita, como revela todo o seu desejo para o nosso dia a dia, como o que fazer e o que não fazer. Como? Pelo seu Espírito que nos foi concedido. Não podemos esquecer que somos morada de Deus, e que o Espírito não só nos ajuda a lembrar de todas as palavras de Jesus, como nos ensina a viver esta vontade.
Buscar a face do Senhor, buscar a sua vontade, compreender o seu querer, depende de uma atitude nossa nesta direção, para vivermos como lhe agrada. Precisamos aprender a sermos instrumentos de Deus, para revelar a luz do reino entre os homens, para sermos expressão do nosso Senhor, para sermos cartas vivas, e o bom perfume de Cristo nas nações.