Nós falamos de compromisso com Deus, não com os homens, falamos de zelo pelo reino e pelas coisas de Deus e não pelas coisas dos homens, pelas intituições. Falamos de amar, honrar, uns aos outros; mas fica o ponto fundamental para refletirmos: o quanto tudo isso é real de forma prática em nossas vidas e o quanto efetivamente temos agido de forma contrária?
Aparentemente podemos departamentalizar, segregar, separar quando falamos de uma coisa como se a mesma fosse em si um todo, mas não é. Não podemos falar de honrar a Deus, se não fazemos todas as outras coisas que estão relacionadas a natureza e ao caráter de Deus. Não podemos falar de amor, se não analisamos junto o zelo pelas coisas do reino. Pois não podemos amar a Deus, amar as pessoas, se não temos zelo pelas coisas do reino. Não podemos honrar, se não manifestamos atitudes de zelo e amor pelas coisas do reino. Não podemos falar das coisas do reino, se não falarmos de fazer estas coisas para as pessoas. Não podemos falar de amor a Deus se não amamos as pessoas.
Compreendemos tudo isso?
Podemos em nossas cabeças e em nossas vidas querer segmentar, separar, mas não é possível. Tudo faz parte de um todo. Não dá para ser mais ou menos, e nem ser pela metade. Não podemos dizer que amamos a Deus se não amamos as pessoas e não nos movemos em favor de fazer as obras pelas pessoas. Estas obras, estas atitudes e a ação de amor e reflexo do amor de Deus derramado em nossa vida. Não podemos falar de honrar a Deus, glorificar a Deus, se os nossos atos não demonstram que honramos e respeitamos as pessoas.
Precisamos compreender algo muito importante e que se não tivermos o entendimento de forma alguma glorificaremos a Deus. Nós precisamos nos relacionar. Faz parte de nossas vidas. Não conseguimos viver sem comunhão com as pessoas, podemos até querer nos isolar, mas dependemos das amizades, dos contatos com pessoas para vivermos neste mundo. Podemos dizer que temos relacionamento com Deus; mas a única forma de expressarmos este é através do relacionamento com as pessoas. Como agimos, como reagimos, demonstram o quanto conhecemos e andamos com Deus. Um não existe sem o outro. Somente relacionamos com Deus, se relacionamos com as pessoas. A forma como fazemos com as pessoas demonstram a maturidade de nossa comunhão com Deus. Está claro este aspecto?
O que é tudo isso? Uma única coisa: a vida de Deus. Somente expressamos a vida de Deus quando tudo isso, ou seja, o amor, a honra, o zelo, o compromisso, os relacionamentos que temos são expressos como resultante de uma andar na presença de Deus. Somos instrumentos, somos o meio que Deus usa para se expressar e revelar quem é ao mundo. Não temos a fonte da vida em nós mesmos, por nós mesmos. A verdadeira vida, a vida eterna que provém de Deus, habita em nós; mas tem origem em Deus. Somente a revelamos quando deixamos a natureza de Deus se revelar, e fazemos morrer a natureza humana.
Sejamos, portanto, instrumentos úteis ao Criador, vasos para expressão da sua glória.