Vida de temor ou esquecimento?

Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios; entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão.” (Salmos 106:13-14, BEARA)

Na palavra de Deus vemos a nação de Israel recebendo da graça, vendo o operar maravilhoso de Deus, sua mão poderosa, seus feitos; mas o povo logo se esquecia de tudo que Deus havia feito, de todo o realizar que tinha operado, das maravilhas que tinham sido realizadas.

Nós criticamos, falamos sobre o agir deste povo perante Deus; mas e nós em nossas atitudes? Como temos comportado diante de tanta graça revelada, tanto amor manifesto? Como temos agido? Nossas vidas tem sido pautada por um servir, honrar e glorificar o nome de Deus em nossas ações e palavras? Ou temos, na realidade, vivido de maneira egoísta, cheios de todo orgulho e arrogância? Temos sido prepotentes? Colocamos as nossas petições diante de Deus como se ele tivesse a obrigação de suprir as nossas necessidades e desejos? Ou, temos expressado gratidão? Temos demonstrado e agido com humildade diante daquele que nos resgatou e concedeu vida através do Filho? Precisamos lembrar que humildade é o reconhecimento de dependência total de Deus?

Para vivermos uma vida que agrada a Deus precisamos viver em temor, pois como fala o salmista: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre.” (Salmos 111:10, BEARA).

Uma vida andada em justiça, em retidão diante do Pai é o que ele deseja para nós. Ele quer que sejamos expressão de sua natureza, do seu caráter neste mundo. Fomos feitos filhos, embaixadores, representantes, reconciliadores dos homens com Deus. Neste papel que temos, precisamos andar em temor. Andar em temor, não é ter medo do que Deus possa fazer; mas sim, é o reconhecimento do que ele é, do que fez, e colocarmos o nosso coração em honrar, em glorificar, em obedecer a sua vontade e o seu querer.

Andar em temor é lembrar todos os dias, e em todo o tempo, da graça concedida por nosso Deus a nós. É vivermos uma vida expressa a verdadeira vida de Deus aos homens.

Temos sido imitadores de Deus como filhos amados? Temos expressado a graça e a bondade de Deus em nossos relacionamentos, ou temos vivido como sempre vivemos no passado? Cheios de ódio, orgulho, arrogância, fazendo acepção de pessoas, vivendo uma vida voltada para os nossos interesses e desejos?

 Por isso precisamos escolher, ser igual ao povo de Israel e desprezar as obras e o realizar de Deus ou vivermos uma vida de temor, honrando e glorificando a Deus em todas as nossas ações.