“Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores. Desperta, ó minha alma! Despertai, lira e harpa! Quero acordar a alva. Render-te-ei graças entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória.” (Salmos 57:7-11, BEARA). “Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação. ” (Salmos 67:1-2, BEARA).
Este é um aspecto muito importante que precisamos compreender e ter entendimento cláro. Precisa Deus de nós para que a sua glória encha a terra? A primeira resposta que precisamos dar com entendimento é que não. Deus não precisa de nós e ele poderia se revelar ao mundo com todo o seu poder. Mas faz ele assim? Não, este é o segredo do propósito de Deus. Não é o propósito de Deus, neste momento, revelar todo o seu poder e toda a sua glória aos homens de forma explícita. Ele usa a natureza para revelar tudo o que ele é, e nos usa, nós homens, para isso.
Precisamos entender que o propósito de Deus, além de nos reconciliar com ele através de Jesus Cristo, quando nos submetemos a ele como Senhor e Salvador, é nos acrisolar (purificar) como a prata, de forma que possamos, como instrumentos úteis refletir e revelar, assim como a natureza, a glória de Deus aos homens.
O propósito de Deus é nos dar um novo coração. Ele nos concede de sua natureza, sua vida eterna, para que por vivendo pela graça, na sua dependência; possamos revelar ao mundo quem Ele é. Este é o Seu propósito para nós. Não tem outro. Não estamos aqui para sermos “crentes”, “católicos” ou qualquer outra religião que se queira referir. O propósito de Deus é nos conceder um coração igual ao seu e nos fazer filhos para que, sendo purificados como a prata, possamos revelar a sua natureza aos homens.
Somente podemos levar e revelar o propósito de Deus, a salvação, a reconciliação aos homens, quando revelamos a Sua graça aos homens. Como revelamos? Através de nossas palavras? Sim, mas muito mais pelas nossas atitudes e ações; pelas obras que realizamos.
Ou seja, queremos fazer Deus conhecido? Queremos ser o bom perfume de Cristo? Queremos ser cartas vivas? Queremos manifestar a glória de Deus e que esta encha toda a terra? Então o que precisamos fazer?
Precisamos fazer morrer a natureza terrena; pois ela é contrária a natureza de Deus. Se não fizermos morrer toda atitude de egoísmo, orgulho, arrogância, prepotência, todos os atos de mentira, hipocrisia, engano, jamais revelaremos a natureza de Deus. Precisamos escolher em cada momento, a cada instante a quem queremos servir: a vontade de Deus ou a nossa natureza terrena que é demoníaca.
Deus nos fez filhos não para andarmos conforme pensamos, achamos ou desejamos. Não estamos aqui para servir aos nossos interesses. Temos o exemplo de Jesus, que sendo Deus, esvaziou de si mesmo, para realizar a vontade do Pai. Andou entre nós e padeceu como o pior de todos os homens, e isso para que a vontade do Pai se realizasse. Assim devemos nós agirmos. Devemos basear as nossa atitudes, escolhas e decisões nos mesmos exemplos. Devemos dia após dia, carregar a nossa cruz. Lembrando: cruz não é fardo, é instrumento de morte. Carregamos a cruz, porque ela nos lembra a morte, a morte para os nossos interesses, desejos e vontade, para cumprir o querer de Deus entre os homens.
Queremos que a glória de Deus encha toda a terra? Queremos que a sua glória se revele através de nós? Queremos que sua glória encha toda a terra e a sua salvação alcance todos os cantos deste planeta? Então, precisamos fazer morrer a natureza humana, a nossa vontade e nosso desejo; nos sujeitando a Deus, para que então, possamos rejeitar as obras do Diabo em nossas vidas. Somente resistimos ao Diabo, quando nos sujeitamos a Deus. Se não sujeitarmos, estaremos nos submetendo ao príncipe deste mundo, andando segundo a vontade da carne e não de Deus.