Não podemos nos abater

Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” (1 Reis 19:4, RA Strong)

Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.” (1 Reis 19:5-8, RA Strong)

Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.” (1 Reis 19:10-16, RA Strong). “Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou. ” (1 Reis 19:18, RA Strong).

Como na história de Elias, tendo sido usado por Deus de forma maravilhosa, tendo revelado o poder e a Sua glória, e mesmo assim, deixa se abater, entra em depressão, imaginando ser o único a pregar e a falar da vontade de Deus; assim também, nós nos vemos diante de situações que nos levam a mesma atitude. Não podemos nos deixar abater, não podemos nos deixar ser dominados por sentimento que não traduzam uma atitude de fé, e esperança em Deus nosso Salvador.

Muitas vezes achamos que estamos que nem João Batista, pregando para o deserto. A terra pode ser árida, pode ser que não estamos vendo a semente germinar; mas precisamos lembrar que quem faz a obra, quem permite que a semente cresça, não somos nós. Nós não podemos fazer nada para que uma palavra frutifique na vida de alguém. Mas o que podemos e o que devemos fazer, é continuar a cumprir e a realizar a vontade de Deus. Se ele nos manda fazer algo, devemos fazer, mesmo que pareça sem sentido. Precisamos lembrar, como Paulo afirmou, um planta, outro rega, e outro lhe é dado a graça de colher. Mas não importa quem fez o que. Em um momento somos os platadores, outra hora, aquele que rega, e em um terceiro momento, podemos ser os que colhem.

Precisamos lembrar que a obra é de Deus, não é nossa. Nós não temos controle, não temos condição de dizer como fazer. Devemos sempre fazer, sempre obedecer as determinações do Espírito Santo, e isto conforme a palavra nos traz o entendimento.

Quando Elias achou que ele era o único, Deus afirmou que tinha guardado outros sete mil. Precisamos parar de olhar as circunstâncias, o que está a nossa volta; temos que olhar como quem vê o invisível. Pois somente o poder e a graça de Deus, através do Espírito Santo, opera tudo em todos, revelando e levando cada um a realizar e a cumprir a vontade de Deus.