“Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava.” (Josué 6:1, RA Strong). “Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si.” (Josué 6:3-5, RA Strong).
Ao olharmos esta passagem que fala da tomada de Jericó, o que foi ordenado fazer, parecia loucura, não tinha nada de sábio, nada de excepcional. Tudo que iriam fazer, parecia loucura, e nada parecia que levaria ao que estava prometido, como Paulo escreveu: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Coríntios 2:14, RA Strong).
Nisto podemos aprender que na aparente loucura de Deus reside a sua sabedoria, na insignificância das ações que nos são solicitadas, na maioria das vezes, está a revelação do poder de Deus, e isto ele faz para que nós não vangloriemos em nós mesmos e no que fazemos; mas para que reconheçamos que todo o poder, todo o realizar procedem Dele. Assim como Paulo, ao escrever aos coríntios afirma: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. ” (1 Coríntios 2:1-5, RA Strong).
O quanto temos abandonado a fé simplesmente como manifestação de confiança no poder de Deus e a temos baseado no conhecimento humano, na sabedoria humana? Quantos de nós temos vivido uma fé baseada na sabedoria e entendimento humano; mas não, na que procede de um relacionamento íntimo com o Criador que nos ensina a confiar nele?
São através destas aparentes loucuras que Deus se revela e nos fala e nos ensina a confiar nele. É através do óbvio, do simples, do que não depende de nós que Deus revela a sua glória e o seu poder. Precisamos, como o povo de Israel, confiar nas promessas e na palavra do Senhor. Precisamos lembrar sempre que ele é o provedor, o que dá vida, o que sustenta, trás a verdadeira libertação para as nossas vidas.
Precisamos aprender a ver o invisível, a confiar que nas aparentes situações sem saída, sem solução, nas provações que enfrentamos, nas dificuldades que passamos, nos momentos de tribulação, o que o nosso Deus deseja de nós é uma só coisa: que aprendamos a confiar nele como sendo a fonte de tudo que necessitamos. Aprender a confiar, a descansar e ter a convicção que ele, somente ele, proverá a libertação, a cura, a solução do que necessitamos.
Quando o Senhor nos pedir algo, quando for para fazermos alguma coisa, mesmo que pareça loucura e destituída de qualquer sabedoria humana e raciocínio lógico; devemos realizar conforme o Senhor determina, a luz da sua palavra, com a sabedoria que procede do alto; mas tendo a convicção que se ele pediu é fiel para cumprir e realizar o que necessitamos; pois como a um pai, ele cuida de nós.
Aprendamos a unir-nos a vontade de Deus e ele usa estes momentos “sem saída”, onde tudo parece loucura para nos levar a conhece-lo e a compreender; mas principalmente, para que aprendamos a depender dele e a confiar que ele é que provê tudo aquilo que precisamos