“Não expulsaram aos cananeus que habitavam em Gezer; assim, habitam eles no meio dos efraimitas até ao dia de hoje; porém sujeitos a trabalhos forçados.” (Josué 16:10, RA Strong).
Há uma grande semelhança entre o que Deus falou e mostrou ao povo de Israel, no plano natural, e o plano espiritual, realidade que deve ser de todos os que nascem de novo, em Cristo Jesus.
A determinação para o povo de Israel era que expulsassem do seu meio todos os povos, para que não adotassem os mesmos valores e práticas, para que não se contaminassem com a religião e os valores destes. Era para o povo de Israel ser um povo separado, santo ao Senhor.
Em Cristo Jesus, com o novo nascimento, quando nascemos do espírito, quando somos feitos filhos de Deus por adoção e recebemos da natureza de Deus para vivermos de forma que o agrada; esta mesma realidade se aplica as nossas vidas no plano espíritual.
É determinação do Senhor que sejamos luz no mundo e sal da terra; ou seja, que revelemos no meio das pessoas a natureza de Deus, não é para separarmos no plano natural, como foi determinação para o povo de Israel; mas existe a mesma condição de sermos um povo separado, santo, para uso exclusivo de Deus.
Paulo, deixa isso bem claro em sua carta aos Coríntios: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo.” (1 Coríntios 5:9-10, RA Strong).
Sermos santos para o Senhor, não é nos separarmos do mundo, das pessoas, mas sim, rejeitar tudo que vem do mundo ou que seja pensamento do mundo para as nossas vidas.
Mas como podemos fazer isso? Quando o Senhor Jesus, ou os apóstolos em suas cartas falam de morrer para si mesmos, fazer morrer a natureza humana, rejeitar as obras das trevas, do que eles estão falando? Estão falando justamente da atitude e comportamento que devemos ter com relação a sermos santos para o Senhor.
Não podemos permitir em nossas vidas o pecado e esta purificação deve ser realizada do interior para o exterior, ou seja, do espírito para o corpo, em como o usamos. Jesus mesmo afirmou que o que contamina o homem, não é o que entra pela boca, mas o que sai. Entendemos isso? Ou seja, qualquer atitude egoísta, qualquer chama de orgulho, arrogância, prepotência, hipocrisia, qualquer ato desonesto, qualquer pensamento de vingança, qualquer foco no interesse próprio em detrimento dos outros, não são atitudes de uma pessoa que experimenta da graça e do amor de Deus e, portanto, estes devem ser rejeitados, jogado fora, expulsos de nossas vidas. Além disto, qualquer desejo de nosso corpo para atender interesses próprios, satisfação única nossa que não valoriza e não respeita o próximo, não procedem de um coração que conhece a Deus e, assim, precisa ser rejeitado completamente. Uma mente, um coração alinhado com a vontade do Senhor, sua natureza, seus valores e estes expressos através do corpo é o desejo do Senhor para as nossas vidas.
Por isso, não podemos oferecer os nossos membros para a injustiça, não podemos permitir que a nossa vida compartilhe do pensamento do mundo. Não podemos agir conforme as pessoas agem, com os mesmos valores; mas precisamos ser um povo separado, realizando as mesmas obras do Senhor Jesus. Revelar o Pai em todas as coisas, esta é a sua vontade para a nossa vida. Isto no meio de quem necessita conhecer da graça e do amor de Deus, sem a hipocrisia religiosa, sem o egoísmo, sem os valores deste mundo; mas sim, com os valores de Deus.