O que podemos ver na sequência de posicionamento de Moisés, quando o mesmo foi chamado por Deus para libertar o povo de Israel, não é diferente de nosso chamado para realizar aquilo que Deus tem para nós.
Podemos tomar duas atitudes: Nos dispor e ir, sabendo que Deus é quem capacita e quem estabelece as condições, ou podemos, rejeitar e continuar a negligenciar o nosso chamado. Que atitudes temos tomado?
Os passos: Ninguém me ouvirá, conforme Moisés afirmou: “Respondeu Moisés: Mas eis que não crerão, nem acudirão à minha voz, pois dirão: O Senhor não te apareceu.” (Êxodo 4:1, BEARA), depois: Não tenho condições de falar, não sou elouquente, não tenho conhecimento e nem domino as palavras de forma correta, “Então, disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.” (Êxodo 4:10, BEARA), e terceiro e último passo, o pedido para enviar outro no lugar, fugindo da responsabilidade: “Ele, porém, respondeu: Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim.” (Êxodo 4:13, BEARA).
Estes são os pontos fundamentais na realização de qualquer obra que Deus tem para nós. Podemos sempre arrumar desculpas, sempre criar condições para fugirmos do que Deus tem para nós; mas qual é o posicionamento correto diante de tamanha graça e amor revelado por nós? Precisamos e sempre devemos nos lembrar: a obra não é nossa, a capacitação para fazer não é nossa, o conhecimento Deus nos concede a medida que necessitamos. As palavras ele coloca em nossa boca. Recebemos do Espírito Santo para que ele nos conduza no conhecimento, no realizar e no fazer a obra do Pai. Ele nos instrui, nos lembra de toda a palavra do Senhor. Não somos nós que fazemos, somos simplesmente instrumentos. Devemos realizar esta obra, não na nossa capacitação, mas na dependência de Deus.
O conhecimento, a preparação, as técnicas, as regras são na maioria das vezes condição que nos submetemos que nos ajudam, e dependendo de nossas atitudes pode até nos atrapalhar a realizar a vontade de Deus; pois passamos a confiar mais nestas coisas, do que no realizar de Deus através de nós. Precisamos lembrar sempre. Tudo isso, tudo que recebemos, não é para que confiemos e descansemos nesta capacitação; mas para serem usadas por Deus no momento que houver a necessidade.
Devemos depender, e depender cem por cento, em tudo, para realizar a obra. Somente confiando e decansando em Deus que seremos usados de forma plena. A obra não depende de nosso conhecimento, de nossa capacitação, de entendimento; mas sim, da nossa dependência e do sacarmos estas coisas quando o Espírito nos conduz a realizar. Todo conhecimento, toda capacitação são instrumentos usados por Deus, que ele nos concede no realizar de sua vontade. A nós compete somente nos colocar, nos dispor para sermos usados.
Moisés foi preparado, e foi chamado quando estava pronto, assim, nós também. Deus nos usa quando estamos prontos para enfrentar o desafio que ele tem para nós, dentro do que nos ensinou. Somente temos que aprender a ouvir o que ele pede de nós para fazer, e nos colocarmos para fazer. Façamos a obra na dependência do Senhor e não com base no conhecimento e sabedoria humana.