Quem tem sido o cabeça de nossas vidas?

“E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Efésios 1:22-23, BEARA) .

Entendemos o que seja “o cabeça”? É o mesmo que a autoridade máxima, aquele que dirige, aquele que governa, que dá as ordens, que estabelece o cominho e o que deve ser feito. De forma semelhante que o governo de nosso corpo se dá através do cérebro, que fica na nossa cabeça, assim é com o Senhor em relação ao corpo.

Para o Senhor poder atuar através de cada membro do corpo é necessário que cada um se submeta de forma integral, total, sem qualquer tipo de reserva a autoridade e ao governo do Senhor. Se não houver isto em nossas vidas, a vontade do Senhor não acontecerá, e estaremos andando segundo o que pensamos e achamos e não segundo o governo de nosso Senhor.

Imaginemos o nosso corpo e se cada membro seguisse os seus próprios comandos e não houvesse a cordenação do cérebro? Vemos isso em muitas situações e doenças, onde achamos estranho. Movimentos espamódicos sem qualquer controle do cérebro, ou qualquer falta de reação a um determinado perigo ou ferimento. Pensemos em um corpo sem governança, onde uma perna quer ir para um lado e a outra para outro lado, uma mão resolve espalmar algo e a outra tentando segurar. Um olho querendo olhar em uma direção e o outro na oposta. Tentativa de segurar algo e não conseguimos porque a mão não reage como esperado. Ou tentamos ficar me pé e nos firmar, mas as pernas decidem que querem ficar parada ou sentada e não existe qualquer interesse em se firmar. Imaginamos esta situação. Assim seria um corpo, onde cada parte, cada membro resolvesse que podem andar por si mesmo, sem o governo do cabeça que é Cristo.

Quando não morremos para nós mesmos, quando não deixamos as nossas opiniões e vontade, quando fazemos o que queremos e não obedecemos ao Espírito, o que estamos fazendo é o mesmo que um corpo totalmente desgovernado.

Um irmão se machuca, não reagimos para ajudar. Precisamos levar consolo e conforto, mas decidimos que ficar em casa, descansando, é mais importante. Por causa do nosso orgulho e arrogância, não somos capazes de ajudar e servir a alguém que seja mais simples. Ou se um irmão ou irmã mais simples trás uma palavra de admoestação, o que fazemos? Reagimos e rejeitamos; porque achamos que Deus não fala com qualquer um, especialmente com aquele. Podemos não declarar, mas agimos desta maneira. É assim, quando declaramos que somos membros do corpo de Cristo, mas reagimos conforme pensamos, achamos, segundo o nosso querer, segundo a mente humana.

Como o corpo de Cristo pode se revelar como corpo, como igreja, como tendo um governo? Quando cada membro, cada pessoa, com um coração sincero, desejoso de servir ao Senhor, se submete ao senhorio de Cristo, a completa obediência, ao servir de forma integral; mas para isso, requer a morte, a morte do natural, a morte de nossa natureza humana. Quando morremos para nós mesmos, e deixamos a vida de Deus reinar em nós, viver através de nós, então seremos um membro ligado ao Senhor e a sua autoridade. Faremos o que ele determina, da forma como ele quer e não conforme pensamos ou achamos.

Se não submetermos, como filhos de Deus, ao governo de nosso Senhor Jesus, de forma alguma não cumpriremos a vondade do Pai, não nos submeteremos e a oração de Jesus em João 17 não será uma realidade em nossas vidas.

Quando nos dispomos a obedecer, então a vontade do Senhor será uma realidade definitiva, e a cada dia, a cada passo da jornada, seremos transformados de glória em glória a imagem do Senhor. Seremos membros do corpo, da igreja, e revelaremos a vontade de Deus. Mas precisamos estar ciente, não existe carne, não existe natureza humana, manifesta no corpo do Senhor, na vida de Deus. Onde a vida humana, não houve morte, onde não houve morte, não se revelou, ainda,  a natureza divina que nos é concedida no novo nascimento.