“mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.” (João 2:24-25, BEARA). “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36, BEARA).
O que é se manter rebelde? Se não compreendermos o que significa a rebeldia de forma alguma poderemos julgar se temos a vida eterna de Deus em nós, ou não. Ou seja, ao olharmos as nossas vidas, as atitudes de nosso coração, o que priorizamos, a que damos importância, compreenderemos se temos a vida de Deus, ou se continuamos afastados, separados de Deus, vivendo de forma enganada quanto ao que dizemos crer.
Rebeldia é: oposição, resistência, teimosia, obstinação, ato de não fazer o que uma autoridade determina, se opor. Como é se manter rebelde contra o Filho? É não fazer o que o filho determina, é viver de forma contrária ao que o Senhor Jesus diz. É o querer continuar a viver da mesma forma que se vive no mundo, é ter o mesmo pensamento, as mesmas atitudes e não ter o mesmo sentimento e a mesma atitude do Senhor Jesus em favor dos outros. É não obedecer as suas palavras, isto é a verdadeira rebeldia. Quando vivemos de forma contrária ao que Jesus pregou, ao que os apóstolos ensinaram, estamos vivendo de forma rebelde. Enquanto achamos que o que eles falaram era uma utopia, algo inatingîvel, estamos vivendo de forma rebelede ao ensinamento dado.
Quando vivemos de forma rebelde, estamos separados de Deus e não podemos ter o mover do Espírito em nossas vidas, revelando a nossa real realidade. E por estarmos separados de Deus, não esperimentamos a vida eterna de Deus, e por não termos experimentado a vida eterna do Criador, continuamos separados de Deus. Mortos em nossos delitos e pecados, sem conhecimento de Deus e da sua graça.
Não é suficiente dizermos que cremos em Jesus, pois os demônios creem em Deus, e tremem. O que precisa haver é uma fé, um crer que move, que gera mudança de atitude, alteração de comportamento. A verdadeira fé gera ação, gera movimento de transformação, do desejo intenso de conhecer e de ver a vida eterna de Deus, manifesta em nós e através de nós para alcançar corações.
A vida de Deus se revela em nós quando nos submetemos a sua vontade. Quando, reconhecemos em Cristo a nossa morte com ele na cruz, e nos colocamos nas mãos de Deus para viver em sua completa dependência, para vivermos em novidade de vida, para andarmos agora segundo o coração de Deus, fazendo morrer a natureza humana, pois a mesma não é confiável, a mesma se entrega aos prazeres deste mundo, e não deseja que sirvamos a Deus em novidade de vida.
Viver com Deus, andar com o Senhor, não quer dizer que não vamos mais pecar; mas o que irá mudar em nossas vidas é a nossa atitude de querer permanecer no pecado ou não. Quando temos a consciência que algo é contrário a natureza de Deus (portanto, pecado), nós abandonamos; pelo poder e pela capacitação concedida por Deus no novo nascimento. Esta libertação é resultante da fé que o Senhor nos ensina, do amor que derrama em nossas vidas.
Um coração obediente procura cumprir a vontade do Senhor, submetendo e reconhecendo a completa dependência para viver de forma que lhe agrada. O verdadeiro filho reconhece esta dependência e se submete a ela, com o intuito de ver o nome do Pai glorificado. Nós nos rebelamos quando persistimos em viver de forma contrária a natureza divina. Não podemos deixar que o nosso coração humana, coração segundo a natureza humana, domine o nosso ser. Devemos sim, nos submeter ao governo do espírito, deixar que o Espírito Santo, dirija todo o nosso viver, para sermos úteis a Deus e agradáveis.
Não existe vida sem obediência, não existe conhecimento de Deus, quando nos mantemos rebelde a cumprir e realizar a sua vontade neste mundo. Precisamos buscar de todo coração a vontade do Senhor para o nosso dia a dia, obedecendo e realizando a sua vontade. Não nos deixemos enganar, não atendamos os desejos da natureza humana, nos submetendo a sua vontade, antes cupramos a vontade do Senhor.