Servir a Cristo, não ao próprio ventre

“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos. Pois a vossa obediência é conhecida por todos; por isso, me alegro a vosso respeito; e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal.” (Romanos 16:17-19, RA Strong).

O que move as nossas vidas? O que temos buscado quando realizamos as obras do reino? Como temos trazido as pessoas a Cristo? Usamos de artimanhas e recursos humanos ou pregamos a Cristo crucificado? Estamos buscando pessoas, agregando as ao nosso grupo? Ou estamos efetivamente expandindo o reino de Deus, alcançando corações para que façam parte do reino de Deus e assim, ensinamos as pessoas a se submeterem a autoridade de Cristo?

Queremos que as pessoas se submetam a nós, nos obedeçam, façam o que falamos? Ou queremos que todas compreendam sobre o amor de Deus, sobre a misericórdia e a graça de nosso Pai, e se submeta a autoridade de Cristo? Compreendemos que submeter a autoridade de Cristo está implicito em nos submetermos uns aos outros?

Quando nos submetemos a autoridade de Cristo, quando cumprimos a sua palavra, quando fazemos a sua vontade, então, trabalharemos juntos pela união do corpo (igreja), e para que este, através da edificação uns dos outros, possa ser expressão da vontade e do que é o nosso Deus. Quando submetemos a autoridade de nosso Senhor, nos sujeitamos a lei do amor, amor que procede de Deus e que leva a obediência de sua palavra.

Nós muitas vezes nos enganamos em nossas atitudes, exigindo das pessoas obediência e sujeição a  nós para atender os nossos desejos e vontade. Não é assim que Cristo, nosso Senhor, nos ensinou. Os mais experientes, com mais conhecimento, existem no corpo com um só propósito: levar todos ao conhecimento de Cristo, a viver uma vida espelhada naquilo que ele é. Quando assim fazemos, não queremos que as pessoas se submetam a nós, mas sim a Cristo, que aprendam a obediência, e obediência como a do nosso Senhor. Pelo aspecto do corpo, da união do corpo, nós como membros devemos aceitar uns aos outros, sujeitarmos uns aos outros para cumprir a lei de nosso Senhor.

Precisamos compreender que não estamos aqui para fazer a nossa vontade, nem atender aos nossos interesses, mas sim, àquele que nos deu vida, que nos fez nova criatura, novo homem. E por sermos pessoas nascidas segundo a natureza divina, vivemos e andamos segundo esta natureza. E por vivermos segundo esta natureza, imitamos ao nosso Deus em suas atitudes. Por isso, devemos, sempre, não pensar em maner as pessoas debaixo de nossas asas, não podemos trazer as pessoas segundo os recursos deste mundo; mas única e exclusivamente através da cruz. Quando assim fizermos, seremos capazes de conduzir as pessoas ao amor e a cumprir a vontade de Deus. Reconhecerão em nós, exemplo e modelo de vida para buscar o crescimento e amadurecimento espiritual.

Nós não nos preocuparemos em manter as pessoas conosco, mas levaremos as mesmas a um processo de amadurecimento e as liberaremos para que continuem a servir a Deus, e principalmente, para que sejam instrumentos úteis ao reino e ao realizar de sua vontade aqui na terra.