” Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos; contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria. Dizendo isto, foi ainda com dificuldade que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios. Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto.” (Atos 14:15-19, RA Strong)
Paulo e Barnabé, através do nome e do poder de Jesus tinham trazido cura a um paralítico. E por causa disto os cidadãos daquela cidade queriam sacrificar a eles como se fossem deuses. Com dificuldade impediram que isso acontecesse. Pouco tempo depois, Paulo é apedrejado, pelos mesmos cidadãos onde queriam sacrificar a ele. Imaginemo-nos na mesma situação que Paulo, antes um herói, logo depois estava sendo apedrejado, quase morreu, o que faríamos? Qual seria a nossa atitude? Nós que muitas vezes só queremos o destaque, só queremos receber o elogio? Como reagiríamos diante desta dificuldade? De repente o povo que nos ouve, não nos ouve mais; muito pelo contrário, nos tratam como malfeitor?
Conhecemos a palavra, falamos que compreendemos o quanto Deus nos ama; mas o quanto temos trazido da teoria a prática o que acreditamos, o que passamos, e o resultado do que temos alcançado? Se não vemos números, se não vemos pessoas nos seguindo e nos ouvindo, como temos medido o nosso sucesso? Fazemos porque cremos ser da vontade de Deus ou nos baseamos nos valores, conceitos e decisões dos homens? Fazemos como um seguir da orientação do Espírito, ou por que queremos receber os eleogios e sermos reconhecidos pelos homens? Em que está baseado a nossa fé e a obra que realizamos? Na vontade do Senhor ou na determinação do nosso coração? Quais os verdadeiras motivações que temos para fazer o que estamos fazendo?
Isto que precisamos aprender com o exemplo de Paulo e Barnabé. A obra que eles estavam fazendo não partia da vontade da carne e nem dos planos de expansão dos homens; mas sim, de uma determinação do Espírito Santo. Estavam fazendo a obra de Deus, sendo instrumentos de Deus para a expansão do reino. Pregavam, ensinavam, edificavam e faziam tudo não pelo que vinham, ou pelos resultados que alcançavam; pois se fossem basear nos resultados e pelo que colhiam poderiam ter desistido no início da jornada. Mas fizeram isso? Não, não fizeram porque sabiam que estavam realizando e cumprindo uma determinação do Espírito Santo. Na maioria das vezes saiam de uma cidade fugindo da perseguição.
Precisamos julgar o que estamos fazendo, se provém de nosso coração e do nosso desejo de reconhecimento e recebimento de mérito de homens, ou se fomos comissionados pelo Espírito Santo para fazer o que estamos fazendo; mesmo que pareça estar tudo dando errado, nada seguindo o que seria normal? Devemos continuar a fazer baseado na fé; compreendendo que quem provê o crescimento, quem agrega pessoas a igreja é o nosso Deus; não nós. A obra que Deus tem para nós deve ser realizada pela fé, pela obediência ao Espírito Santo que nos conduz no realizar da vontade do Pai. Não podemos fazer a obra de Deus baseada em princípios e fundamentos humanos, esperando alcançar o sucesso segundo os valores e medidas humanas; mas temos de ser guiados pelos fundamentos e valores do reino de Deus, crendo em quem nos comissionou para o serviço.
Que recebamos as bençãos que o Senhor tem nos concedido, que com um coração grato, com expressão de alegria, e com fé façamos a obra, mesmo que o terreno pareça árido, mesmo que pareça impossível se produzir algo, lembremos do vale dos ossos secos. A obra é de Deus!!