Estamos onde deveríamos estar

“Então, lhes disse Mordecai que respondessem a Ester: Não imagines que, por estares na casa do rei, só tu escaparás entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Ester 4:13-14, RA Strong).

Estas palavras de Mordecai à rainha Estér, nos fazem refletir sobre nossas atitudes, nossas reclamações, nossas angústias e questionamentos a Deus sobre os porquês. Não é verdade? Estamos em um determinado emprego, não gostaríamos de ter outro? Estamos em uma posição, não gostaríamos de ter outra? Estamos em uma casa, não gostaríamos de estar em outra? Temos um meio de subsistência, que tanto pedimos a Deus, não gostaríamos de ter outro? Temos um chefe, não gostaríamos de ter outro?

Vivemos a reclamar, a questionar, a nos apresentar diante de Deus, sempre pedindo, nunca satisfeitos, sempre querendo algo novo, diferente; pois onde estamos temos razões e situações que nos trazem desconforto e descontentamento. Colegas que nos ofendem, chefe que nos oprimem, salário que não é justo, local de trabalho que não é “adequado” para nós, ausências frequente de casa. E assim tantos outros motivos.

Nesta atitude, não somos capazes de parar, pensar, analisar e compreender porque estamos neste local específico, com essas pessoas e da maneira que estamos. Devemos mudar a nossa forma de pensar e nossas ações. Repensar a forma de agirmos. Antes de qualquer coisa, devemos experimentar um coração grato, um coração que se apresenta diante de Deus com alegria, reconhecendo o como o provedor de todas as coisas, como o pai que nos ama, como aquele que sabe o que é melhor para nós. Agradecer por conceder o que tem concedido, por permitir o que tem permitido. Se em nós é gerado algum tipo de situação de desconforto, podemos pedir, sim, podemos; mas antes, precisamos pedir que abra a nossa mente, o nosso coração, e os nossos olhos para compreendermos porque estamos ali, naquele lugar, naquele momento, com aquelas pessoas.

Somente entenderemos o nosso papel, o porquê das coisas, quando transformamos as nossas atitudes, atitude de revolta em gratidão, confiança e reconhecimento do amor de Deus por nós e que nada em nossas vidas é por acaso; mas resultante do poder, da soberania de Deus sobre todas as coisas. Mas isso é possível, quando temos confiança em Deus e a convicção que ele tem o melhor para nós, para a nossa família, para amigos e irmãos; e que tudo que faz é para o nosso bem e para o engrandecimento do seu reino e de sua glória.

Por que estamos ali, naquele lugar, naquele momento, com aquelas pessoas? Para fazer o nome de Deus glorificado e exaltado, para expressarmos a natureza de Deus e o caráter de Deus a todos e em todos os lugares, de forma que Ele possa ser conhecido e exaltado pelos que nos cercam. Para sermos usados para prover livramento, para sermos instrumentos de Deus para o cumprir da sua vontade.

Se não entendemos algo, peçamos sabedoria, discernimento e conhecimento do querer de Deus para que possamos agir com um coração íntegro e com uma alma voluntária.