Língua – expressão da fonte interior

“Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.” (Tiago 3:5-6, RA Strong). “Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” (Tiago 3:9, RA Strong). “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. ” (Tiago 3:10-12, RA Strong). “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.” (Tiago 3:16, RA Strong)

Já paramos para pensar neste aspecto? O que a nossa língua tem expressado? O que tem saído de nossa boca? Temos falado mal das pessoas? Independente de quem são, do que fazem, e do papel que exercem sobre as nossas vidas? Temos falado mal de nossos maridos e esposas? De nossos filhos? De nosso patrão? Do nosso chefe? Temos reclamado e falado mal dos irmãos? De suas atitudes?

O principal disto tudo não é o que fazemos, mas sim, compreendemos a obra que Deus realizou em nossas vidas? Compreendemos o operar de Deus? O que Ele fez e como nos ensina a mudar a nossa realidade? Ou temos, simplesmente, esperado e orado, para que Deus amanhã, nos acorde como pessoas transformadas, como pessoas completamente diferente do que somos hoje? Se temos orado e pedido este tipo de milagre, não compreendemos ainda a forma de Deus realizar a sua obra em nós.

Não queiramos mudar nossa atitudes na carne, ou seja, baseado em nossa capacidade e determinação somente, usando de subterfúgios e regras, como não fazer isso, ou aquilo, não vestir isso ou aquilo, não comer isso ou aquilo, tudo isso é sombra, é uma falsa santificação que não agrada a Deus. Precisamos compreender que a transformação opera do interior para o exterior. Deus realizou o milagre em nosso espírito, vivificando, e fazendo de nós novas criaturas, pelo novo nascimento (jo 3:1-21, 2 co 5:14-21). Aceitamos isso pela fé. Nós morremos para o pecado, fomos crucificados com Cristo Jesus, e o pecado não tem domínio sobre nós (Romanos 6:1-23;8:1-17). Tendo esta convicção, da nossa morte com Cristo na cruz, que  fomos reconciliados com Deus, e agora, pelo sangue de Jesus, podemos entrar e viver na presença de Deus; pois o nosso Senhor Jesus nos apresenta santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante do Pai (Col 1:13-23). Tendo esta consciência, esta compreensão, cabe a nós, andarmos nos processos de Deus, e realizarmos no exterior a obra que Deus já operou em nós pela fé que nos concedeu.

Por isso, o primeiro passo, é transformarmos a nossa forma de pensar, pois só assim experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossas vidas e através de nossas vidas; pois já recebemos tudo que precisamos para cumprir e viver segundo o coração e a vontade de Deus. (Rm 12:1-2, 2 Ped 1:3-11).

Quando mudaremos as nossas atitudes? Primeiro, quando compreendemos a transformação operada por Deus em nós. Segundo, quando começamos a nos questionar e a por em julgamento tudo o que fazemos e falamos. Terceiro, quando determinamos em nosso coração, pela compreensão do que Deus fez, do que precisamos fazer e perserveramos em fazer. Levantaremos quantas vezes forem necessárias, persistiremos enquando Deus viver; pois sabemos que esta é a vontade dele para as nossas vidas. Ele deseja ser expressão, e deseja que a sua misericórdia, graça e amor, sejam revelados através de nós.