Anulando sofismas

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,” (2 Coríntios 10:3-5, BEARA).

Compreendendo que nossas armas não são carnais, como podemos anular qualquer sofisma, qualquer altivez que se levante contra o conhecimento de Deus? O que seriam essas armas carnais? Seriam armas de fato como conhecemos?

Poderiam até ser, mas são mais que isso. Qualquer uso de recurso humano, sejam armas, sejam formas de raciocínio, argumentação e contra-argumentação, qualquer coisa que tenha origem no homem, no seu conhecimento, na sua capacitação, são armas da carne.

Como então anular sofismas que se levantam contra o conhecimento de Deus? Não é o uso da bíblia, pois para quem não tem fé, ela nada mais é que um ajuntamento de livros que é utilizado pela religião cristã. Mas na bíblia encontramos as armas necessárias, poderosas em Deus para destruir tudo que se levanta contra o conhecimento verdadeiro de Deus.

Sim, é na própria palavra de nosso Senhor, é no seu exemplo, nas suas instruções que estão as verdadeiras armas que nos são concedidas por Deus e nele para anularmos qualquer argumentação, qualquer teoria, qualquer conhecimento que se possa levantar contra o conhecimento de nosso Deus. Isto, não na letra, não no conhecimento, não em palavras; mas pelo operar do Espírito, pela vida que provém do conhecimento e fé naquele que nos dá a verdadeira vida.

Quer maior arma para destruir qualquer religiosidade do que atitudes? Do que ser modelo? Existe qualquer argumentação que derrube um modelo, exemplo de vida que reflete as mesmas atitudes e natureza daquele que nos deixou exemplo do que fazer e como fazer?

Enquanto não houver em nossos corações disposição para morrer. Morrer para a nossa  natureza humana, nossos desejos e vontades, não haverá a manifestação do homem espiritual, do novo homem que nasceu pelo Espírito, que é nova criatura. Não adianta falarmos de Cristo, falarmos do amor de Deus, falarmos da vida de Deus, falarmos de suas promessas se não vivermos segundo as mesmas.

Enquanto houver em nós manifestação clara de egoísmo, de arrogância, de acharmos que somos melhores, que somos “salvos” e que o mundo não conhece a Deus, demonstrando arrogância. Enquanto houver em nós sentimentos de ira, mágoa, orgulho, ódio, falta de perdão, falta de confiança em Deus e em seu provimento, ou mesmo, atitudes de avareza, incapacidade de repartir, de dar, de dividir, ganância, ou mesmo de acharmos que nós podemos ou temos condição de fazer as coisas por nós mesmos, que quem provê o nosso sustento é o nosso braço (mesmo que oremos agradecendo a Deus pelo provimento), ou que podemos mudar as pessoas, ou até então que a reponsabilidade de ser melhor é dos outros; então não estamos revelando quem é nosso Deus, nem o seu poder transformador, nem a sua vida.

Se queremos que os homens conheçam a Deus, podemos ter a convicção que somente isso será possível, que o reino há de se espalhar e encher a toda a terra com a glória de Deus; quando tivermos as atitudes prescritas por Jesus. Seremos capazes de viver segundo o ensinamento de Jesus, quando morrermos para  nós mesmos, só assim será anulado todo sofisma e toda arrogância que impede o conhecimento de Deus. Morrer para nós mesmos. Não existe arma melhor que a arma viva, revelada através de nós pelo Espírito.