“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.” (Gênesis 3:8-13, BEARA)

Quais são as atitudes que tomamos quando pecamos? Quais são as atitudes dos homens e da religião quando há o pecado? E quais são as atitudes de Deus, revelada desde a criação?

Deus condena o homem? Ele é responsável pela punição do homem, pela separação e por sua morte? Se compreendermos a essência do que Deus nos fala, então compreenderemos a essência de Sua vida e o Seu desejo para com as nossas vidas.

Primeiro: quando pecamos, nossa primeira atitude é nos esconder, é fugirmos da presença de Deus. Temos como fugir de Deus? Não é Ele quem perscruta todo o pensamento, e não é Ele quem conhece toda a palavra de nossa boca, antes mesmo de pronunciarmos? Qual é nossa atitude frente ao pecado, ao nosso erro e nossas falhas?  É reconhecermos o nosso erro e o desejo que brotou em nosso coração que foi alimentado pela nossa cobiça e o desejo de possuir, de alcançar e de tomarmos as decisões por nós mesmos? Não, nossa primeira atitude é procurar alguém em quem jogar a culpa.  Foi a atitude de Adão, e também de Eva. Adão jogou a culpa na mulher e a mulher na serpente. Agimos diferentes de Adão e Eva, ou mantemos a mesma atitude, quando erramos procuramos alguém ou algo para atribuir a responsabilidade pelas nossas falhas?

Mas, como agiu o Senhor com relação à transgressão de Sua palavra e Sua vontade? A primeira atitude de Deus foi a condenação? Não. Ele não condenou o homem. Ele mesmo sendo conhecedor de todas as coisas, perguntou onde estava Adão que fugia de Sua presença.  A segunda pergunta não foi de condenação, mas de trazer ao homem a compreensão do seu erro: “quem te fez saber que estava nu?”.  O que Deus quer nos mostrar? Que Ele não nos condena. Ele nos quer trazer a compreensão do que seja viver separado, distante Dele. Não existe condenação em Deus. Nós não entendemos o propósito de Deus. Não entendemos o amor Dele para conosco. E na  nossa pretensão de sermos conhecedores do bem e do mal, nos afastamos de Deus, jogamos em outros as responsabilidade de nossos erros e falhas. Não somos capazes de chegar diante da face de Deus, reconhecendo que erramos e que somos responsáveis pelas decisões e por nossas cobiças, que somos dominados pelo pecado, pelo desejo de fazer as coisas por nós mesmos, por nossa própria força, e não vemos o desejo de nos reconciliarmos com Ele.

E a religião: a atitude da religião tem sido de: mostrar, apontar o pecado, a falha e os erros, impor terror, condenação e definir regras para que se cumpridas, viveremos conforme a vontade de Deus. Ela joga no homem toda a capacidade e a condição para se reconciliar com Deus. Faça isso e aquilo que herdarás o paraíso. Por que esta atitude? Simples. Por que a religião, nada mais é do que o esforço do homem para se reconciliar com o Criador.

Mas Deus, no Seu plano perfeito, estabelecido desde a eternidade, desde antes da criação do mundo, entregou seu Filho por amor a nós, para nos resgatar.