“Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. ” (Jó 38:2-3, BEARA)
Contestamos a Deus? Temos a mesma atitude de Jó? Sem pensarmos respondemos de imediato, “quem sou eu para contestar a Deus? Quem sou eu para contradizer os desígnios de Deus?”. Não é assim a nossa postura? Não é assim que falamos de imediato ao sermos questionados? Mas, de fato, nós contestamos a Deus?
Vamos meditar um pouco sobre o que seja contestar, pois se compreendemos, então saberemos se temos ou não contestado ao Criador em todas as coisas que Ele deixou de forma tão clara para nós. No dicionário, contestar significa: Negar a exatidão de; contrariar, contradizer; Opor-se, resistir.
Negamos ou contradizemos aquilo que está na palavra de Deus? Declaramos em alto e bom tom que o que Deus fala não é possível de ser feito ou de se realizar? Não, na maioria das vezes não fazemos isso, muito pelo contrário, afirmamos que é assim que deve ser feito. Mas, fica a pergunta: E nossas atitudes? Quais são frente à palavra de Deus? Opomos, resistimos?
Quando o nosso Senhor falou que como Seus discípulos, deveríamos amar uns aos outros e deliberadamente não amamos, o que estamos fazendo? Nos desculpamos e afirmamos que é difícil fazer, então o que significa esta atitude? Não significa contestar o que Deus falou, termos a mesma atitude de Jó? Podemos não expressar verbalmente, mas se nossas atitudes demonstram que fazemos ao contrário, estamos dizendo que Deus não compreende e nem entende o que Ele falou ser possível. Quando o Senhor diz que devemos dar a quem nos pede e criamos exceções, o que estamos fazendo? Quando o Senhor diz que não devemos roubar, e aceitamos um troco a maior, ou aceitamos uma mercadoria e pagamos um valor menor (por erro do vendedor), o que estamos fazendo? Quando compramos produtos pirateados, ou como queiram chamar “similares”, o que estamos fazendo? Não estamos roubando, privando alguém de um direito que ela tem? Não estamos contestando Deus? Quando não recolhemos os impostos na venda de uma mercadoria, não estamos roubando e negando o que Deus falou? Quando colocamos dependentes no imposto de renda para reduzir o imposto, mesmo que a pessoa não seja nosso dependente econômico, não estamos enganando e roubando? Não estamos contestando a Deus? Quando mentimos e não falamos a verdade com amor, o que estamos fazendo? Quando falamos mal uns dos outros o que estamos fazendo, não estamos contestando a Deus? Quando vivemos ansiosos com o dia de amanhã, quando somos avarentos e não compartilhamos as necessidades dos santos, quando nos posicionamos de forma que o pensamento do mundo seja uma verdade “cada um por si e Deus para todos”, o que estamos fazendo? Não estamos contestando a Deus? Quando usamos software pirata e achamos que isto é normal, não reconhecemos que isto é roubo e que é contrário à natureza de Deus, não estamos contestando, nos opondo, resistindo ao que Deus designou para os seus filhos?
Onde queremos chegar? O que queremos ser? Queremos ser filhos e revelar Deus ou queremos ser religiosos e deturpar para o mundo a glória de Deus. O Pai nos chamou com amor eterno, não para vivermos separados, achando que somos melhores, mais inteligentes, ou com mais conhecimento que Ele. Ele compartilhou conosco, deu-nos de Sua natureza para honrá-lO, respeitá-lO e vivermos segundo o Seu coração, para a Sua glória e louvor do Seu nome. Louvemos ao Senhor com nossas vidas.