“mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;” (1 Coríntios 1:23 RA)
Que Cristo pregamos hoje? Qual a palavra que levamos ao mundo? Palavra expressa pelo nosso falar e pelo nosso viver; falamos da loucura da pregação? Da salvação em Cristo? Da cruz? Da morte? Ou falamos o que o mundo quer ouvir, o que dá prazer e satisfaz os desejos do coração do homem e não o coração de Deus? Levamos uma palavra que traduz arrependimento, mudança de vida? Ou levamos uma palavra que procura conciliar o mundo com a nossa religiosidade e um cristianismo distorcido da verdade pregada por Jesus e pelos apóstolos?
Na obra “Grandes Versículos da Bíblia” há um comentário do autor que traduz este aspecto que gostaria de compartilhar, que diz “Muito do que chamamos de cristianismo não é nada além de paganismo cristianizado. Ele encobre: a avareza, a auto-indulgência exuberante, a submissão à moda e ao mundanismo; admite nas suas altas posições, a homens que prosperam com a opressão dos pobres; tráfico vergonhoso da impudicícia; cultiva os ideais do mundo em lugar da cruz imutável do Cristo morto com sua divina tristeza e o seu sangue”.
O que são “os ideais do mundo”? Não são nada mais que a busca por posição? Por riqueza? Pela aparência? Pelo elogio? Pelo reconhecimento? Pela “politicagem” com o intuito de agradar e não fazer o que é necessário? Pelo faz de conta? Pelo egoísmo (pensar primeiramente em mim, e que o resto se “dane”)?
Não, este não é o “cristianismo” que devemos viver e pregar. O que devemos viver e pregar; é o que foi ensinado pelo Senhor, quando andava em nosso meio, e que agora está em nós, pelo Espírito que nos concedeu. Devemos rejeitar todas as obras mortas da carne, viver um arrependimento genuíno e demonstrar através de uma vida prática, que andamos e estamos com o Senhor, que temos do seu amor, devemos manifestar frutos dignos de arrependimento, devemos deixar que o Espírito Santo nos conduza em todo ensinamento para um viver que dignifica e honra o nosso Senhor, através da proclamação de um cristianismo com cruz, com morte e com mudança de vida e rejeição completa dos valores deste mundo. Devemos ser novas criaturas em Cristo que o honra e o glorifica em todas as nossas obras.
Sejamos, portanto, verdadeiros cristãos no mundo com um cristianismo distorcido e que macula o nome do Senhor, mostremos ao mundo, a verdadeira pregação, o verdadeiro Cristo, sejamos vasos para a honra e glória de nosso Senhor. Sirvamos uns aos outros, como o Senhor, tratemos todos, independente de cor, raça, posição financeira com o mesmo coração que o Senhor tratou aqueles que estavam a sua volta. Levemos uma mensagem, através da palavra falada e das ações realizadas, um evangelho vivo, que fala de amor, que fala de compaixão, de misericórdia, de graça, de bondade, de benignidade, de dar, de repartir, de dividir, de honrar, de se submeter, de glorificar uns aos outros. Façamos morrer a natureza terrena, e deixemos o Senhor reinar em nossos corpos mortais, para que a glória seja de nosso Senhor e de nosso Deus e pai, que nos amou e nos resgatou com o seu grande amor para o seu reino de glória.
Ser filho, pertencer ao reino de Deus é deixar que a natureza de Deus, o seu caráter, se revele através de nós. É deixar que o Senhor brilhe através de nós, é nos submeter a Ele com um coração quebrantado, compungido e desejoso de o honrar e glorificar em todas as ações. Ser filho de Deus, ser servo de Cristo, é viver como o Senhor viveu, é viver conforme Ele prescreveu no sermão da montanha, é rever a natureza dos filhos do reino.