“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. ” (Efésios 5:1-2, RA Strong). “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. ” (Mateus 18:21-22, RA Strong).
Por que o perdão é uma das características mais difíceis de revelarmos como filhos? O perdão depende do outro pedir? Ou é uma atitude que procede de nós?
Deus nos perdoou, porque pedimos perdão? Ou pedimos perdão, demonstramos arrependimento porque reconhecemos o perdão de Deus já concedido a nós através de Jesus Cristo? Somos perdoados por causa de nosso ato, ou por causa da atitude de nosso Deus e que deseja que aprendamos, e sejamos semelhantes a ele?
O perdão está vinculado a manifestação da vida e do amor de Deus que nos é concedido em Cristo Jesus, derramados de forma abundante em nossa vida pelo Espirito Santo, para que em nós revele a glória de nosso Deus.
Precisamos compreender com o nosso Deus, que quando liberamos o perdão, independente do outro, de sua atitude, o que de fato está ocorrendo, é que nós é que estamos sendo liberados do peso, da amargura, do ódio, do rancor, da mágoa que tanto nos destrói. Manifestar e conceder perdão é uma atributo de quem é ofendido, não é do ofensor. O ofensor, simplesmente, pode reconhecer que errou, mudar de atitude e não fazer mais. Ou repetidamente, cometer o mesmo erro para conosco, e por que devemos conceder o perdão? Por causa dele? Não, por nossa causa, para que em nós revele a vida de Deus.
Manifestar bondade, longaniminidade, paciência dentre outros frutos do Espírito, talvez sejam fáceis; mas o perdão, somente é possível, quando houver a libertação plena do nosso “eu”, de nossa natureza humana. Quando morremos para nós mesmos. Somos capazes de liberar o perdão que procede de uma vida que tem e anda com Deus, somente no Senhor, somente vivendo segundo a natureza divina, conseguimos. Por isso, se não queremos ser ou estar ofendidos por causa do pecado dos outros com relação a nós, devemos viver uma vida na dependência de Deus, vivendo segundo a sua natureza, andando no Espírito e não atendendo os desejos da carne. Pois quem anda na carne, quem procura os seus interesses, o satisfazer a si mesmo de forma alguma poderá liberar o verdadeiro perdão para os outros.
Somos livres em Cristo, fomos libertos do poder do pecado, por isso podemos imitar o nosso Deus, e liberar, para todos, independente de quem, o perdão, o mesmo perdão que nos foi concedido pelo Pai, antes mesmos de reconhecermos que éramos pecadores.
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