Livramento de Deus

Porque o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse os filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram afoitamente. Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom. E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto. Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis. ” (Êxodo 14:8-14, BEARA)”Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.” (Êxodo 14:15-16, BEARA).

Diante das crises, diante dos problemas, diante da incapacidade de ver qualquer tipo de livramento a nossa reação é sempre murmurarmos e entrarmos em desespero. Não foi diferente com o povo de Israel que estava saindo do Egito. Estavam a caminho da terra prometida. Estão diante de uma situação, por não dizer, um pouco complicada. A sua frente o mar, as suas costas o exército do Egito. Para frente não tem jeito de ir, e nem como fugir; as costas, muito menos, não dá para voltar. O que fazer? Por que nos vemos em nosso dia a dia, em situações semelhantes? Sem saída!!

Podemos ter duas atitudes, começarmos a murmurar, a reclamar da vida, da situação e do momento.  Ou podemos ver a mão de Deus operando e nos conduzindo de forma a conhecê-lo mais, a aprendermos a confiar e a esperar nele o livramento.

O que precisamos ter a certeza é que nada em nossa vida ocorrer por acaso. Nada faz parte de uma simples questão de destino. Precisamos entender que Deus opera de forma especial para nos levar a conhecê-lo, para revelar o seu amor, e para aprendermos, diante do impossível, e mesmo diante das pequenas coisas, ter a convicção de que sempre o livramento, sempre a provisão vem dele.

Mas, voltando ao povo de Israel, diante da situação o que fazem? Primeiro murmuram ao seu líder, preferem o estado anterior de escravidão, a situação em que se encontram. Outra situação. O líder, no caso, Moisés, sabia do livramento divino; mas não sabia o que fazer. Então o que Deus lhe fala, simplesmente para marchar, ir em frente, parece loucura, não? Mas de repente, o impossível acontece, o livramento vem, o mar se abre, o caminho para onde ir aparece a frente do povo.

Assim é conosco, quando estamos diante de dificuldade, diante de problemas, que reconhecemos que não temos o poder de controlar, o poder de decidir. Deus provê o livramento. E este normalmente vem de uma fonte que nem imaginamos, nem pensamos e temos a consciência que veio do impossível.

É assim que Deus opera, é assim que ele age de forma a aprendermos a confiar e a descansar nele. O processo de fé é assim, a convicção ela é resultante de nosso andar, e de nosso aprender a descansar em Deus, é ele quem a nos concede, é ele que nos conduz a viver na sua dependência.

Que aprendamos a murmurar menos, e sim, a ver o impossível acontecer, a ver o invisível; assim como foi com Moisés, com Abraão e com todos outros homens de fé que aprenderam a descansar no único e verdadeiro Deus.