Os cristãos deveriam ser conhecido por serem semelhantes a Jesus, o mestre a quem declaramos servir e seguir. Não deveríamos ser conhecidos pela arrogância, pela “chatice”, pelo enjoamento provocado na vida das pessoas. O estereótipo do cristão é ser “chato”, “arrogante”, “se achar o dono da verdade”, enquanto que o correto seria sermos agradáveis, devíamos cair na graça do povo, deveríamos, sim, ser rejeitados pelos religiosos de nossa época; mas não pelas pessoas que não conhecem a Deus.
Temos na vida de Jesus o exempo de atitude, postura e o que fazer, mas temos feito como Paulo escreve em sua carta aos Filipenses? Ele escreveu afirmando: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:12-14)
Deus faz as coisas de forma tão simples, mas tão sábia. O conhecimento, a experiência com Deus, o conhecimento da sua vida é resultante de uma ação individual; mas o levar o conhecimento de Deus ao mundo, a manifestação da Sua vida aos homens, não é resultante de uma atitude individual, mas da manifestação desta sua vida, através das pessoas, pela igreja, o corpo de Cristo. É através da igreja que o mundo conhece a Deus. Podemos observar isso na oração de Jesus, onde ele pede ao Pai pela unidade para que o mundo o conhecesse como Salvador, como Senhor.
Precisamos que a maior prova da transformação, da manifestação da vida de Deus é quando na divergência de opinião, o não pensar da mesma maneira, haja a manifestação da unidade e do propósito de servir e glorificar a Deus. Quando não há busca dos interesses próprios, mas a busca do que é importante para o reino de Deus e para a glorificação de seu nome.
Quando corremos para o alvo, quando mantemos os nossos olhos firmes no Senhor como sendo a fonte de todo o padrão, modelo a seguir, e rejeitando as coisas deste mundo, tudo que seja contrário a natureza de Deus, então, buscamos o processo de sermos semelhantes, de manifestarmos a vida de Deus em nós e através de nós. Mas, precisamos compreendemos que a expressão da vida de Deus se revela somente através da igreja e do relacionamento que desenvolvemos como irmãos, como membros uns dos outros.
A medida que conhecemos de Deus, da sua vida e da sua natureza, compreendemos o que seja uma atitude de humildade, compreendemos as limitações e fraquezas dos outros, pois nós também, reconhecemos nossa fraqueza. Diante deste cenário, e reconhecendo a nós como pecadores, então somos capazes de lidar com a fraqueza e limitações dos outros; por isso, somos capazes de suportar uns aos outros. Não por causa do outro, mas porque nos enxergamos no outro e nas suas dificuldades.
E quando olhamos as pessoas que não conhecem a Deus, então somos capazes de manifestar a misericórdia, a mesma misericórdia que recebemos de Deus e não condenamos ou julgamos; mas somos capazes de ajudar, sermos amigos, oferecermos um braço forte. Assim que devemos agir, não só para com os de “dentro”, mas também, para com os de “fora”, para que todos sejam incluídos nesta festa que Deus estabeleceu para o seu povo. Por isso, como modelo, olhando para o exemplo de nossas vidas, e sendo modelo para outros; devemos, como igreja, como corpo, ir a onde estão aqueles que necessitam do amor e da graça de Deus, para revelar Ele em todas as coisas e não para condenar, apontar e punir. Não somos juízes dos homens, somos reconciliadores, embaixadores, somos portadores das boas novas ao mundo. Não temos e nem podemos apresentar uma palavra de condenação; mas de revelação da graça e do amor de Deus para com todos os homens.