“Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz. Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes,” (Filipenses 2:5-9, NTLH)

Já meditei nesta passagem diversas vezes e em todas tenho aprendido a conhecer mais do amor de nosso Senhor por nós. Nela aprendemos sobre o amor de Deus, e sobre o que Ele tem planejado para nós e o que deseja que façamos. Viver diferente desta maneira de pensar é viver fora do propósito de Deus. Vivermos de forma diferente é ignorarmos o Senhor, sermos religiosos, rejeitarmos o presente de Dele para nós que é a vida eterna que o nosso Deus planejou e deseja que tenhamos de forma abundante.

Na carta de Paulo, nos parágrafos que antecedem estas palavras, ele fala que cada um não se vanglorie ou tome partidarismo.  Vangloriar é ser jactancioso, orgulhoso, arrogante, presunçoso, ou seja, achar que é importante, que é melhor que os outros. E partidarismo é escolher um grupo em detrimento de outro, é separar, dividir. Estas escolhas não fazem parte dos que são cristãos, filhos de Deus, que foram chamados para a glória de Deus.

Ter o mesmo sentimento, a mesma forma de pensar de Jesus é rejeitar todo o pensamento terreno, humano, que o mais importante é estar por cima, ser o maior, querer aparecer, receber toda a glória e honra pelo que é. ou seja, quanto mais alto uma pessoa ocupa um cargo em uma organização, menos ela se rebaixa para fazer as atividades que estão na base da pirâmide. Um presidente não se rebaixa para fazer o serviço de um copeiro ou  zelador dentro de uma organização. Com Jesus não foi assim. Ele mostrou ao contrário. Mesmo sendo Deus, Ele abriu mão de Sua posição junto ao Pai, para se tornar homem como nós. Viver em um corpo. Mas, mesmo sendo Deus, tendo todo o poder, Ele não os exerceu conforme poderia, mas veio com um só desejo, fazer a vontade do Pai para nos resgatar para Ele.

Além de se esvaziar de si mesmo, Ele viveu como homem e como servo de todos. Ele poderia ter sido senhor entre os homens, viver conforme a natureza humana, mas Ele também, abriu mão disto, para viver como servo. Como ele mesmo demonstrou na lavagem dos pés (demonstração de atitude de servir que nós não entendemos no nosso orgulho). Quem lavava os pés não era um servo qualquer dentro da casa de um senhor, mas sim o menor de todos os servos. Ele se rebaixou dentro do conceito humano ao menor escalão da sociedade da sua época para mostrar como deveríamos viver. Não só isto, mas não sendo culpado, Ele sofreu em sua época o pior tipo de humilhação em Sua morte, que era a morte na cruz. E nesta morte, a pessoa era crucificada nua. Expôs-se a todo o tipo de humilhação possível.

Sendo esta a atitude de nosso Senhor, porque devemos pensar que somos alguma coisa? Que não podemos servir, não podemos perdoar, não podemos amar, não podemos viver em favor das vidas para que experimentem do amor de Deus? Por que achamos que não podemos olhar para todos com os mesmos olhos de Deus? Por que achamos que servir as pessoas é humilhante? Por que achamos temos que ser algo, ocupar determinada posição dentro da igreja e nos esquecermos que devemos amar, perdoar, revelar condescendência, bondade, paciência? Ser imitador de Cristo, ter nele o nosso exemplo do amor do Pai expresso ao mundo deve ser o nosso maior objetivo de vida, para que o Seu nome seja glorificado.