Abençoados com toda sorte de bençãos

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,” (Efésios 1:3, RA Strong).

O desconhecimento do plano de Deus, da sua vontade, da obra realizada e do milagre concretizado em nossas vidas é o principal fator que nos impede de viver, experimentar e andar neste mundo, revelando e manifestando a vida de Deus a todos os homens. Não temos consciência, conhecimento e nem fé na obra e no milagre operado por Deus em nós. Se tivéssemos seriamos outras pessoas em termos de atitude e atendimento da vontade de Deus.

Clamamos por bençãos, pedimos sempre para nós, cantamos tudo que tenha o propósito de nos beneficiar, de nos alegrar e de nos encher de mais e mais bençãos; mas não compreendemos que tudo já nos foi concedido em Cristo Jesus.

O milagre de Deus em nossas vidas e a sua obra maravilhosa está no fato de nos fazer filhos, de nos dar da sua natureza, de nos salvar por intermédio de Jesus Cristo, nos reconciliando pelo seu sangue. Ele, não só nos abençou com toda sorte bençãos em Cristo Jesus, como nos concedeu tudo que precisamos para viver uma vida que lhe agrada, conforme Pedro escreveu: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,” (2 Pedro 1:3-4, BEARA).

Quando lemos estes dois aspectos que dois homens de Deus falaram, o que temos que temer? Que dúvidas devemos ter?  Mais do que isso, o que Jesus nos prometeu? “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10, BEARA).

Tendo tudo isso, tendo o conhecimento de todos os aspectos; mesmo sendo possuidores disto e concedido em Cristo, por que não usufruímos estas coisas? Por um princípio de fundamento, de natureza. Por que desejamos estas coisas? Para nós, para o nosso prazer e alegria, para satisfação própria? Se sim, este é um dos motivos porque não temos recebido. A natureza de Deus parte do princípio e deseja que aprendamos e em todo o seu ensinamento que tudo que recebemos, pouco ou muito, não  é para nós. Recebemos para dar, para distribuir, para repartir, para que outros tenham. A justiça de Deus se revela neste fato. Ele não reteve a sua vida para si, mas deu, distribuiu a todos os homens por meio de Jesus Cristo.

Quando buscamos os nossos interesses e os nossos desejos, não experimentamos o melhor de Deus para nós, não usufruímos da boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as nossas vidas. Mas quando, propomos em nosso coração, novo coração recebido em Cristo, então, mesmo o pouco que temos, se repartimos, vira muito. Se pensarmos no muito para o nosso interesse, a fonte seca, e pouco continua pouco. Mas quando colocamos para todos, repartindo, então, não háverá falta. Todos serão saciados e supridos e abençoados por nosso intermédio.

Quando compreendemos que tudo que recebemos de Deus não é para nós, mas para ser distribuído, então, mais e mais seremos abençoados, e mais e mais teremos para repartir. Mesmo quando falando de aspectos materiais, como ajudar a quem necessita, repartir com quem não tem. Quando fazemos de coração, segundo a natureza de Deus, sem pensar em receber, de forma milagrosa, Deus coloca mais coisas em nossas mãos para que mais vidas possam ser abençoadas.

As bênçãos não são para nós, usufruímos sim; mas recebemos para abençoar outros, para repartir.