Aprovados por Deus

Na carta de Paulo aos Tessalonicenses podemos ler: “Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo;  pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.  A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha.  Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.” (1 Tessalonicenses 2:3-6, RAStr).

O que caracteriza uma pessoa que é aprovada por Deus? Qual deve ser a motivação do Seu coração? Como deve proceder neste mundo para com os homens? O que significa não agradar a homens? Como Deus prova o nosso coração? O que temos buscado? Que tipo de glória temos ansiado?

Quando olhamos duas pessoas trabalhando nas mesmas coisas, empenhando para fazer da melhor maneira possível, colocando todo o zelo e fazendo com toda a qualidade aquilo que consideramos a obra de Deus neste mundo, pensamos conosco que ambos são reconhecidos e agradáveis a Deus, correto?

Sim, é assim que pensamos, mas é assim que Deus pensa e age? Não. Deus não olha a aparência, não olha o que está sendo feito como nós olhamos. Primeiramente Ele olha a motivação. O que move a pessoa no realizar das ações que se propõe, depois olha a obra e então o fruto.

Quando Deus disse que tinha prazer em Davi, que encontrou nele um homem segundo o Seu coração, o que Ele quis de fato dizer? É isto que temos que entender. Não é a questão do que fazemos, muito menos de como fazemos, mas primeiramente, no porquê fazemos. Precisamos estar ligados e atentos na motivação do nosso coração.

Deus se alegra primeiramente quando, como encontrou em Davi, um homem com um coração dependente, humilde, que reconhecia a sua dependência do Criador. Podia ter talentos mas não confiava na sua experiência e nem no seus talentos, mas buscava em Deus o que era para ser feito e como deveria fazer.

A outra coisa que precisamos entender é a motivação pela qual fazemos as coisas. Quando o nosso empenho está no fazer para alcançar, para ser reconhecido, para obtermos algo, também, estamos fora do propósito e do querer de Deus. Devemos fazer as coisas, desenvolver as obras pelo fato de sermos filhos, de termos recebido a natureza e a vida de Deus. Fazemos porque somos, não fazemos para ser, nem para ter e muito menos para alcançar algo.

Somos aprovados por Deus quando o que move o nosso coração está calcado na dependência, quando as obras que realizamos tem o propósito de revelar quem somos e a obra de Deus em nossa vida e como revelá-lo ao mundo. Fazemos as obras de Deus para revelar o Deus que conhecemos.

Por último e não menos importante, quando fazemos porque Deus determinou, porque Ele comissionou e não porque queremos agradar a homens, porque queremos o favor de homem. Não podemos fazer nada para agradar a homem, mas sim, única e exclusivamente a Deus. Os homens serão abençoados, receberão de Deus, por nosso intermédio, o que Ele determinou para entregarmos. Por isso não podemos usar de linguagem de bajulação, palavras que são aprazíveis aos ouvidos das pessoas. Não estamos neste mundo para agradar a homens no que desejam ouvir, mas para revelar, cheios de graça, compaixão e misericórdia a vontade e o querer de Deus, para que todos cheguem ao conhecimento da Sua vontade, para que todos sejam aprovados diante de Deus, para que haja o crescimento e amadurecimento, para que o reino de Deus se revele por meio da igreja ao mundo, manifestando as virtudes de Deus entre todos os homens.